Por Álvaro Cravo*
De acordo com recente Pesquisa de Inovação (Pintec) do IBGE, a taxa de inovação, entre 2008 e 2011, caiu em 6,7% no Brasil, e no Rio a retração foi de 10% – significativamente maior do que a média nacional. Houve aumento do aproveitamento de programas de apoio governamental, entretanto, a utilização do incentivo fiscal ligado à P&D (Pesquisa e Desenvolvimento), especialmente em parceria com universidades, ainda é baixa.
É essencial que os empresários percebam os benefícios da gestão da inovação para as empresas. Especialistas apontam quatro pilares que devem ser observados internamente: estímulo à criatividade dos funcionários, tecnologia e gestão da propriedade intelectual, consolidação da imagem da empresa diante de seus stakeholders e retorno financeiro. Antes de tudo, torna-se importante que seja compreendida por todos os funcionários e sócios a missão de P&D e o que a empresa gostaria de alcançar com ela.
Segundo Churchill, para encontrar um novo produto realmente viável, são necessárias entre 60 e 70 ideias. E o processo de desenvolvimento de novos produtos envolve geração de ideias, seguido de triagem de ideias, análise comercial, desenvolvimento do produto, teste de marketing e comercialização. A teoria tem que ser colocada no dia a dia das empresas que querem inovar. Para tanto, é válido reservar tempo para que os funcionários interessados no desenvolvimento de novos produtos se reúnam periodicamente para troca de informações. E claro, que tenha um mediador para manter o foco nas discussões.
Independente do porte da empresa é essencial que os gestores conheçam e estimulem inovações. Muito além de uma invenção, pode-se melhorar um produto já existente com novas tecnologias, por exemplo, ou buscar novos públicos para o mesmo produto.
* advogado sócio do escritório boutique Álvaro Cravo Advogados, empresário e instrutor do seminário de empreendedorismo Empretec, criado pelas Nações Unidas e aplicado no Brasil pelo SEBRAE.
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