Ter brilho nos olhos, compromisso, ideias voltadas para mudar o mundo, abertura para mudanças, agilidade, precisão, muita perseverança, e ser um bom observador. Você tem essas características? Em recente debate promovido pelo escritório boutique Álvaro Cravo Advogados, elas foram apontadas como essenciais para os empreendedores que desejam buscar investimento e aconselhamento de experientes mentores. Mediado pelo consultor Fernando Gameleira, teve como participantes: o investidor anjo Ernesto Weber, do Gávea Angels, os fundadores da startup Treebos, Murilo Ferraz e Sávio Sabóia, e o advogado Álvaro Cravo.
Os especialistas contaram suas trajetórias e o que estão fazendo neste momento, além de sanarem dúvidas da plateia sobre o tema. Os sócios da Treebos, por exemplo, descreveram os passos dados até representar o Brasil no exterior no desafio de startups da Intel Global Challenge, no Vale do Silício, e como ocorrem as intensas atividades na aceleradora 21212 Digital Accelerator. “Antes de tudo, assim que pensamos em comercializar o projeto, liguei para o Gameleira”, conta Murilo Ferraz, sobre o instrutor do Empretec (Sebrae) e sócio da consultoria Commutare, que ofereceu apoio e indicações para a entrada no mundo dos negócios. Imediatamente, Murilo, que era obstetra em Roraima, viajou para o Rio de Janeiro a fim de se reunir com o advogado Álvaro Cravo, e proteger a ideia:
“Cheguei assustado, mas a reunião para a estruturação inicial da empresa foi muito esclarecedora, porque o conhecimento jurídico dos advogados alinhado ao conhecimento empresarial fez com que tudo ficasse mais claro. Começamos a entrar nessa atmosfera do empreendedorismo, que é algo muito vivo aqui no Rio”, ressalta Murilo Ferraz. Álvaro Cravo completa: “Avaliamos todos os detalhes, com os nossos advogados especializados em diferentes áreas, para que o negócio pudesse realmente ficar bem protegido de acordo com a legislação vigente e as características dessa ideia inovadora”. A partir disso, os sócios sentiram-se seguros para apresentar a ideia para investidores, consumidores e governantes, até abrirem a Rio +20. As portas estão sendo abertas continuamente.
Na aceleradora, estão agora aperfeiçoando a ideia inovadora de transformar a maneira como os alimentos são produzidos e consumidos. “Atualmente, orientamos os pequenos produtores com informações de engenheiros agrônomos e técnicos agrícolas para produzir o produto de forma mais saudável, sem uso de agrotóxicos, e com manejo agroecológico”, explica Ferraz. Na outra ponta, o consumidor dos kits de frutas da Treebos, mais do que adquirir uma alimentação saudável por preço justo, tem acesso ao impacto desse consumo na vida do produtor rural e de sua família. Estão sendo feitos inúmeros ajustes tendo como direcionamento atender às necessidades do mercado.
Os fundadores da Treebos relataram que, como inicialmente não buscaram investimento anjo, pegaram a contramão do mercado. Agora, participam de workshops, recebem orientações, e a ideia está sendo transformada e testada de acordo com as mais novas teorias e práticas de gestão. A intenção é, no final do processo na aceleradora, apresentar a ideia amadurecida para grandes investidores. Conceitos e ferramentas, que antes eram desconhecidos, agora fazem parte da rotina deles, como o Business Model Generation, por exemplo. “Quando conversamos com os mentores, criamos fé. Acreditamos no que ainda não estamos vendo. Aprendemos de forma muito rápida que aquele caminho, que inicialmente parecia errado, está certo”, comemora Murilo Ferraz, que teve a ideia inicial pensando em um bosque do futuro, com a produção de frutas em um sítio monitorado virtualmente para se distrair com os familiares e amigos. A iniciativa tem recebido muito mais do que elogios: adeptos e grandes investidores interessados.
‘Capital humano, até mais do que o financeiro’
Para o investidor anjo Ernesto Weber, que já foi presidente da Petrobras, a grande vantagem é dividir experiências diferentes, trocar ideias para aumentar as chances de acerto. Ele informa que os investidores do Gávea Angels são executivos, empresários, ou aposentados com amplo conhecimento do mundo dos negócios, com perfis e áreas diversificadas. “Normalmente, os investidores anjo atuam regionalmente, porque o investidor precisa oferecer capital humano, até mais do que o capital financeiro. É fundamental essa participação no empreendimento”, afirma Weber. Regularmente, o Gávea Angels, que não tem fins lucrativos, promove fóruns, prepara os empreendedores para as apresentações, e reúne projetos para os interessados avaliarem se desejam investir. Ele conta que é recomendável que cada investidor use até 10% de seu patrimônio no projeto, pois se trata de negócio de alto risco. O perfil é investir na fase inicial, quando tudo ainda é uma ideia, e lucrar com a venda de sua parte, posteriormente. Empresas que são mundialmente conhecidas como o Google e a Amazon, por exemplo, nasceram com a ajuda do investimento anjo.
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